"5 erros comuns na amamentação e como evitá-los"

Adriana Santos • 15 de maio de 2025

A amamentação é um ato natural, mas envolve aprendizado – tanto da mãe quanto do bebê. No começo da jornada, é comum que algumas práticas prejudiquem esse processo sem que a mãe perceba.

Por isso, separei aqui 5 erros comuns na amamentação, suas consequências e como corrigi-los com segurança e acolhimento.

1.Oferecer complemento sem necessidade médica

O que é: Oferecer fórmula infantil nos primeiros dias de vida do bebê, sem uma real indicação profissional.

Consequência: Pode atrapalhar o estímulo natural da produção de leite, causar desinteresse do bebê pela mama e levar ao desmame precoce.

Solução: O leite materno é produzido em pequena quantidade nos primeiros dias (o colostro), e isso é normal e suficiente para o recém-nascido. A livre demanda e o contato pele a pele são os maiores aliados da produção de leite. Sempre que houver dúvida, busque orientação com uma consultora de amamentação.


2.Uso de bicos artificiais (chupeta e mamadeira)


O que é: Introduzir chupetas ou mamadeiras muito cedo.

Consequência: Pode causar a chamada confusão de bicos, dificultando a pega correta e interferindo no padrão de sucção do bebê.

Solução: Se for preciso oferecer leite ordenhado, prefira métodos alternativos como copinho, colher dosadora ou seringa. A introdução de bicos artificiais deve ser sempre avaliada com cautela e, de preferência, após o estabelecimento da amamentação (geralmente após o primeiro mês).


3.
Confusão de bicos


O que é: Quando o bebê alterna entre o seio e a mamadeira, e começa a "rejeitar" a mama ou a mamar de forma ineficiente.

Consequência: Dificuldades na pega, mamadas mais curtas, ganho de peso insuficiente e dor para a mãe.

Solução: Evite oferecer mamadeiras nos primeiros dias. Se houver necessidade real, a consultoria de amamentação pode orientar alternativas que preservem a amamentação.


4.
Não esvaziar completamente as mamas


O que é: Trocar o bebê de mama antes de ele esvaziar bem a primeira.

Consequência: O bebê recebe mais o "leite anterior" (rico em lactose) e menos o "leite posterior" (rico em gordura e calorias), o que pode resultar em cólicas, ganho de peso inadequado e sensação de fome constante.

Solução: Deixe o bebê mamar o tempo que quiser em uma mama antes de oferecer a outra. O ideal é que ele esvazie bem uma mama por mamada.


5. Achar que o leite “é fraco”

O que é: Acreditar que o bebê chora por fome e, por isso, introduzir fórmula sem orientação.

Consequência: Desestimula a produção natural de leite, diminui as mamadas e pode gerar insegurança na mãe.

Solução: O leite materno nunca é fraco. O choro pode ter outras causas (cólica, sono, desconforto). Se o bebê estiver ganhando peso e molhando fraldas, está tudo certo. Busque uma avaliação com uma profissional antes de complementar.


Dica bônus: CUIDADO COM PALPITES

Muitas mães recebem conselhos bem-intencionados, mas desatualizados. O ideal é sempre buscar orientação com profissionais capacitados, como consultoras de amamentação. A informação correta, no momento certo, faz toda a diferença.

Compreender os erros na amamentação mais comuns ajuda a evitá-los e fortalece o vínculo entre mãe e bebê. Lembre-se: ninguém nasce sabendo amamentar. A orientação, o acolhimento e o apoio certo fazem toda a diferença.

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